Biópsia Renal e Internação.

Oi, people. 

Bom, vou escrever um pouco da biópsia que tive que fazer em um dos rins. 
Ano passado eu estava fazendo uso dos medicamentos que eu citei anteriormente, mas os médicos queriam descobrir o motivo de eu ter desenvolvido essa doença. Então, eles disseram que seria necessária uma biópsia.
Só de ouvir falar eu já entrei em desespero! Morro de medo de agulhas e coisas do gênero, fora que eu precisaria ficar internada alguns dias. Eles me tranquilizaram, dizendo que seria um procedimento rápido, tranquilo, que eu só precisaria ficar em repouso por um curto período e que era realmente necessário. 
Concordei e agendamos uma data. Peguei quatro dias de folga da rádio, me internaram em uma segunda-feira e o procedimento foi realizado na quarta-feira, sendo que depois ainda fiquei mais um dia no hospital. Eu já estava tomando corticóides há uns 4 meses e o Cushing era evidente: 

                           

Realmente o procedimento é tão simples que foi realizado no quarto mesmo. Três médicos acompanharam (duas eram residentes). Para a realização da biópsia eu fiquei deitada de bruços e o médico localizou os rins utilizando um aparelho de ultrassom, optando por extrair as três amostras necessárias do rim esquerdo. Ele anestesia o local (que foi realmente a única parte que doeu de fato, pelo líquido que meio que "queima" por dentro) e introduz uma agulha de aproximadamente uns 30 cm, que possui um tipo de "gatilho" na ponta. 

                                                     

                                                     

Com este instrumento, o médico extrai três fragmentos bem pequenos da "parede" do rim. Não dá para sentir ele introduzindo a agulha nas suas costas, mas quando ele aperta o "gatilho" para a remoção faz um barulhinho e dá para sentir um leve "choque" por dentro. Não é dor, é mais um incômodo. Acredite, cólicas menstruais doem bem mais!  
A biópsia durou cerca de 45 minutos. Quando terminou e eu pude mudar de posição, eu tinha ficado tão nervosa que o lençol estava encharcado de suor (que nojo, mas é verdade, rs).
Depois, é necessário ficar 6 horas deitada, sendo que 4 horas com um peso de aproximadamente 2 kg fazendo pressão no local, para que estanque qualquer sangramento. 
Quando terminou o efeito da anestesia eu senti dor (também né, uma agulha foi introduzida no meu corpinho três vezes!). A parte chata é ficar dependente e ter que urinar em uma "comadre", já que você não pode caminhar até o banheiro. Pode ocorrer sangramento na urina, mas não aconteceu comigo. 
Durante os quatro dias de internação, todos os dias pela manhã enfermeiros tiravam minha pressão (na verdade, eles faziam isso a cada 1h), me pesavam e extraiam uma amostra do meu sangue (entenderam agora porque não tenho mais medo de agulhas? Quatro dias tirando sangue fez com que eu me acostumasse, rs). PS: Meu braço ficou cheio de furinhos (tá, isso não é relevante... foco, Amanda!). 
O quarto em que eu estava não tinha televisão nem internet, mas levei uns 5 livros, coisas de faculdade para fazer e também tive amigos bem próximos de mim, conversando através de mensagens de celular e me ligando, o que me manteve distraída durante todo o tempo. Minha mãe a avó também estavam lá comigo, o que me deixava mais tranquila.
Quando recebi alta, as recomendações que me passaram foi de que eu não deveria realizar esforços físicos durante 30 dias e que se percebesse muito sangue na minha urina, deveria procurar o médico. Não ficou cicatriz... era um furinho bem pequeno, mas o curativo era grande e bem apertado, para fazer pressão.
                                                  


O único problema da biópsia foi que o resultado deu "inconclusivo", ou seja, ela não conseguiu determinar a causa da minha Síndrome, apenas que seu tipo é de lesão mínima. 
Em um primeiro momento eu fiquei achando que tinha passado por tudo isso à toa, mas com certeza se não tivesse feito este procedimento os médicos ficariam na dúvida do que poderia ter sido, então o melhor é seguir o que seu médico te indicar, pois cada caso é um caso, e por mais que pareça algo ruim, não vai ser o fim do mundo. ;)  

                                   
Vista do meu quarto no hospital.

Beijos e até a próxima! Mandy.

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